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‘che’ Luiz Mendes


Luiz Mendes chama-se Luiz Pinêda Mendes. Nascido em 09 de junho de 1924, em Palmeira das Missões, interior do Rio Grande do Sul, é filho de Joaquim Mendes e Maria Del Carmen Pinêda.
Luiz nasceu e se criou nos “pampas”. Começou a trabalhar numa estação de auto-falantes, em sua própria cidade. Gostava também de futebol, e jogava no time juvenil. Foi para a capital, Porto Alegre, e fez teste na Rádio Farroupilha. Passou, e foi contratado como locutor.
Dayse Lúcide e Luiz MendesSeu primeiro aparelho de rádio foi comprado ainda no interior e foi nele que ouviu a voz de Dayse Lúcide, menina, numa peça de rádio-teatro. Luiz se encantou com aquele trabalho, mas nunca poderia imaginar que seria ela sua futura esposa.
Chegou ao Rio de Janeiro com 19 anos, já na locução esportiva. A carreira profissional de Luiz Mendes se mistura à própria história das Organizações Globo. Ele participou da inauguração da Rádio Globo, a sua primeira emissora no Rio de Janeiro.

“Eu falei na Rádio Globo no dia da fundação, no dia 02 de dezembro de 1944. E assisti toda a festa de inauguração. A primeira voz foi do Rubens Amaral. Rubens Amaral era um belíssimo locutor, que havia atuado na Rádio Nacional e foi trabalhar na BBC de Londres. Ele voltou e aí já ingressou na Rádio Globo, que estava se organizando. Porque a Rádio Globo foi uma continuação da Rádio Transmissora Brasileira, que o Dr. Roberto Marinho comprou e foi montada a Rádio Globo. Junto estava o Gagliano Neto, que era um dos maiores locutores esportivos da época. E ele foi quem convenceu o dr. Roberto Marinho a comprar, entrar no rádio. Quer dizer, a ter também uma rádio. E aí mudaram o nome para Rádio Globo, e a partir do dia 02 de dezembro, quando fizeram a festa de inauguração, já a Rádio Globo passou a dizer: ‘PR-E3, Rádio Globo do Rio de Janeiro”

Luiz Mendes
Conta a história que, embora contratado como locutor comercial, Luiz Mendes logo passou para o esporte da Rádio Globo, pois Galiano Neto, o titular, faltou a uma transmissão. Alvoroço, confusão, Luiz Mendes disse: “Eu posso transmitir isso”. No dia seguinte foi chamado pelo Presidente das Organizações Globo, Roberto Marinho, e foi conversar com ele na redação de O Globo. Passou definitivamente a locutor esportivo da Rádio Globo.
Houve, em 1946, um concurso com o público carioca, para saber quem era o melhor locutor esportivo da cidade. O gaúcho Luiz Mendes ganhou, concorrendo com os grandes nomes de então. Foi para a TV Rio e, por 15 anos dedicou-se exclusivamente à TV. Fez também os programas: “TV-Rinque” e “A Grande Revista Esportiva Facit”. Participou da primeira transmissão à cores, no Rio de Janeiro, em 19 de fevereiro de 1972. Participou de 13 Copas do Mundo, das 16 que existiram. Não fez as três primeiras, por ser criança. Passou a comentarista na Rádio Globo e conquistou muitos prêmios ao longo da carreira, entre eles uma placa comemorativa, da Rádio Globo, recebida das mãos do próprio Roberto Marinho. Luiz Mendes é a história viva da comunicação, pai de vários bordões e estilos, e fonte inesgotável de bons assuntos.
Casado com a comunicadora e radioatriz Dayse Lúcide, pai de Luiz Mendes Junior, avô de Luiz Cláudio, Marcelo e Laila e bisavô das pequenas Bianca e Ana Luísa, o ‘che’, como é carinhosamente chamado pelos amigos, está completando 84 anos.

“Sonhando. Sonhando como todo o jovem sonha. Eu tinha uma tremenda vocação para o rádio, porque eu ouvia muito o rádio e eu estava em um ponto do Rio Grande do Sul, em que você poderia ouvir estações de Buenos Aires, de Assunção do Paraguai e de Montevidéu. Além da Farroupilha de Porto Alegre e das estações de Rio e de são Paulo. Naquele tempo o ar era menos poluído e você pegava bem estações que não tinham grande potência, como era o caso da Mayrink Veiga que tinha 10 KiloWatts e eu ouvia muito bem, ouvia um locutor chamado César Ladeira e tinha o sonho de ser como ele. Porque, realmente, para mim até hoje não apareceu nenhum locutor tão bom, embora haja muitos e são muito bons, mas não apareceu nenhum tão bom, quanto indiscutivelmente era o Cesar Ladeira.”

“Minha paixão pelo futebol surgiu gostando do jogo, assistindo aos jogos e, como todo menino, escolhendo ídolos. Você escolhe dois, três ídolos e aqueles transformam a sua paixão em uma paixão ainda maior. E aí a gente vai cada vez querendo mais... Passa do jogador para o clube, quando você dedica a um clube a sua paixão, ainda aumenta mais o volume dessa paixão.
No início, lá em Porto Alegre, lá no Sul, minha paixão era o Grêmio. E depois, aqui no Rio, o Botafogo”


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2008-04-04T22:54:00.014-03:00

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